quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dia Para Esquecer (Ou Não!)

Dizem que quando as coisas tendem a dar errado, elas realmente dão errado. E eu pude comprovar isso hoje. O pior é que tudo se desenhava para isso e infelizmente não percebi. Foi um daqueles dias que você levanta com o pé esquerdo, só que eu levantei (eu acho) com 3 pés esquerdos.
Pra começar estou em clima de mudança de casa. Nunca fui fã de fazer mudanças e pra simplificar essa está sendo minha segunda mudança em menos de 3 meses. As vezes as coisas que você planeja não dão certo e você se vê obrigado a fazer coisas que não está afim, pior ainda quando tudo, pois é, tudo dá errado. Acordei de certa forma achando que ia ser bom o dia porque acordei de uma forma legal, mas daí pra frente...
Primeira missão do dia: lavar louças. Se tem uma coisa que não gosto de fazer dentro de casa é lavar o banheiro, lavar a geladeira e lavar a louça. Esse ultimo se torna meio torturante porque é uma coisa diária e é aquele tipo de coisa que se você não fizer, ninguém vai fazer por você. Logo comecei lavando a louça. Porém, tenho um defeito quanto a louça: Sempre começo nunca termino completamente, o que por vezes me dá o trabalho extra (como hoje por exemplo) de ter que lavar a noite quando não se tem mais nada o que se fazer. Mas quem disse que não há nada o que fazer quando se está de mudança?
Segunda missão: separar as coisas que seguirão para a outra casa das que vão para o lixo. Quando você resolve arrumar suas gavetas você sempre percebe que existem coisas nelas que você não tem a menor noção do porquê você as guarda, agora imagine se sua casa toda for uma enorme gaveta! Pois é, o lixo quadriplicou em minha casa e até na hora de ir dormir tinha lixo pra ser tirado de dentro de casa.
Terceira e última missão do dia: ir à futura casa buscar alguma coisa. A coisa que fui buscar era um jaleco para a aula de anatomia na faculdade, aula essa que também não fui assistir. Se não assisti pra que peguei a m... desse jaleco??? Pois então, estou me perguntando isso até agora!
O que aconteceu hoje foi só isso? Quisera eu que meus problemas se resumissem a isso! Final de tarde e eu chegando em casa após buscar o bendito jaleco, recebo uma ligação da pessoa amada (que fofo isso...) me convidando para ir a um evento na UFRJ. Evento. Por que não? Por vários motivos! Primeiro: terminar de arrumar a casa. Segundo: Arrumar as coisas a mudança. E terceiro: ir à faculdade. Qual desses que fiz? Acertou quem disse nenhum! Acontece que em momentos como esse de mudança, fico meio nervoso, fato esse que não é nada bom pra quem tem tendências depressivas, e por isso o fato de poder sair dessa realidade e fazer uma coisa que me distraísse a cabeça soou perfeito pra mim. Perfeito até demais. Acontece que quando já eram 20:40 me dei conta que não mais iria a lugar nenhum, que ficaria ali terminando as coisas que não terminaria naquele dia. Coisas que já eram pra estar prontas pelo tempo que tive.
Então me veio a idéia brilhante! Pizza! A última vez que compraria uma pizza nessa casa! E estava tudo desenhado da melhor maneira possível: A pizza chega, eu e ela comemos a pizza juntos, fazemos alguma coisa a 2 e depois dormimos juntos! Mas... Eu acordei com 3 pés esquerdos hoje, lembra-se?
Primeiro a arrumação para a mudança, depois a não ida ao evento (que por tabela fez com que eu não fosse à aula, coisa que de certa forma alguém que está no meu atual estado de espírito realmente não aguentaria 3 minutos numa sala de aula), e agora o fim de noite. Primeiro a discussão se seria pizza mesmo (minha opinião) ou hamburguer para um lanche rápido (a dela). Optamos pela pizza. Depois de onde seria. Mais 40 minutos até saber de onde pediríamos e depoia mais 40 até comer a mesma. Mas enfim comemos, e resolvemos ficar juntos! parecia que tudo ia terminar pelo menos como planejei. Parecia. Imprevistos aconteceram... Ligações, video games e internet complicaram um pouco. Ao fim disso, a última coisa que eu queria que acontecesse: discutimos. É óbvio que não vou entrar em detalhes sobre a discussão, mas o clima ficou pesado, e acusações e ameaças foram feitas. Comecei a me sentir mal e vi nos meus remédios uma chance de melhorar e pelo menos poder dormir um sono profundo e esquecer momentaneamente aqueles últimos problemas. Mas preferi não o fazer, não tomar o remédio. Avistei uma caixa com um chá de camomila e preparei um copo para mim ao mesmo mometos em que me vinha uma dor no peito, um nó na garganta e uma lágrima descendo pelo rosto.
Tomei meu chá já com ela dormindo, e vim aqui escrever sobre meu dia como uma forma de tentar aliviar um pouco a dor que empregnou-se em mim nesse fim de dia. Agora enquanto termino esse texto são quase duas da manhã e o sono não vem. Só vem a vontade fria de chorar e a sensação sombria de que a culpa é sempre minha. Li uma frase que dizia o segunite: "Não amar é sofrer, amar é sofrer mais..." de Pedro M. C. Costa. Será que isso é verdade? Sinceramente acho que não, mas são fatos que nos fazem pensar em várias coisas diferentes. Até porque poderia ser pior. Nada é tão pior que não possa piorar, diria o outro e estou naquele momento em que não sei o que pode ser pior. Na verdade até sei, mas quero evitar pensar nisso.
Pois é, acho que está na hora de terminar por aqui. Se você teve paciência de ler, muito obrigado, e se você teve paciência de ler tudo então, muitíssimo obrigado. O negócio agora é apagar as luzes, deitar a cabeça no travesseiro e torcer para que o dia que irá amanhecer seja melhor do que o que se passou, porque se for igual ja vai ser fod...!

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